segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Anúbis no Egito










Dentro da nova proposta do Blog, quero compartilhar com você, amigo leitor, um pouco de história, possibilitando aos que desconhecem iniciar na fantástica lenda que trata sobre este trabalho de preparação de corpos, que sendo tão importante era designado a um deus para executá-lo; para aqueles que já conhecem, vale apena relembrar e instigar novas pesquisas e descobertas.
Anúbis no Egito
Anúbis é filho de uma união extraconjugal entre Nephtys e Osíris, onde a primeira, esposa do terrível deus Set, faz-se passar por Ísis, a verdadeira esposa de Osíris para poder desfrutar de seu amor incondicional. Temendo a vingança cruel de Seth ao descobrir sobre sua gravidez, Néftis, também mãe de Sebek (o deus com cabeça de crocodilo) esconde o bebê Anúbis em um pântano, onde mais tarde Ísis, sua tia, o encontra e cria longe do alcance maléfico de seu tio Seth.
Anúbis então crescido adquire inúmeras tarefas como deus da morte e do submundo, e todos seus aspectos relacionados, como o julgamento, ritos de passagem e as tarefas de embalsamamento. Mais tarde, com a morte de Osíris por seu tio Seth, após Ísis e Néftis terem reunido os pedaços esquartejados de Osíris Anúbis se voluntaria para trazê-lo de volta a “vida”, através das práticas de mumificação e de seu infinito conhecimento sobre a pós-vida, tendo sido assim criada a primeira múmia do Egito e do mundo.
Após este ato Osíris, que originalmente era um deus da agricultura, por seu status morto-vivo e seu status de divindade maior, “usurpa” então os aspectos de Anúbis, de deus da morte e do submundo. Anúbis então passa a se dedicar aos outros aspectos relacionados a Morte. Ele passaria a guiar as almas através do submundo, até os salões do julgamento, onde ele também pesaria o coração da alma contra a pena de Maat, a deusa da justiça, do equilíbrio e da verdade, em um tribunal presidido por Osíris, Toth e perante 42 deuses menores, cada um incumbido de julgar uma das 42 confissões que a alma deveria fazer.
Também era o patrono da cidade de Cinópolis, o patrono dos embalsamares e dos conhecimentos obscuros.
Anúbis fora do Egito
Após as invasões Gregas em 332a.c. e Romanas em 31a.c., onde apenas um ano mais tarde o Egito tornaria-se um estado vassalo de Roma, muitos de seus deuses foram "exportados", entre eles Ísis, Toth e Anúbis, que mais tarde, formaria junto com Hermes um híbrido conhecido como Hermanúbis. E as mumificações e necrópoles tornaram-se muito mais populares e espalhadas pelos impérios Grego e Romano, até hoje surpreendendo arqueólogos com seu estilo diferenciado.
O CHACAL, ANIMAL que tem o hábito de desenterrar ossos, de forma paradoxal representava para os egípcios o deus Anúbis, justamente a divindade considerada a guardiã fiel dos túmulos e patrono do embalsamamento. Em algumas versões da lenda ele aparece como filho do deus Seth com sua esposa Néftis. Entretanto, a versão mais comum é a de que ele é filho de Osíris, que se uniu com Néftis por tê-la confundido com sua esposa Ísis. Quando esta última deusa veio a saber do nascimento da criança começou a procurá-la. Néftis, por temor a Seth, escondeu-a logo após o parto. Guiada por cães, Ísis encontrou o recém--nascido depois de grandes e difíceis penas e encarregou-se de alimentá-lo e Anúbis se converteu em seu acompanhante e guardião. Dizia-se que estava destinado a guardar os deuses, assim como os cães guardam aos homens. No alto da página vemos o chacal envernizado, com garras de prata, que guardava a múmia de Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.). Na ilustração acima, um detalhe da dança marcial de três Anúbis na tumba do artífice Inherka, em Deir el-Medina.
REPRESENTADO POR UM CHACAL ou por um cão deitado, ou ainda pela figura de um homem com cabeça de chacal ou de cão, o deus Anúbis (Anpu em egípcio) era o embalsamador divino e um dos responsáveis pelo julgamento dos mortos no além-túmulo. No reino dos mortos, na forma de um homem com cabeça de chacal, ele era o juiz que, após uma série de provas por que passava o defunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro. Anúbis tinha seu centro de culto em Cinópolis, cidade do Alto Egito e recebia títulos exóticos como, por exemplo, morador na câmara de embalsamamento, governador da sala do deus ou senhor das colinas do oeste.
O DEFUNTO, TRAJANDO UM VESTIDO DE LINHO, era introduzido por Anúbis no grande recinto onde o julgamento seria realizado. Saudava, então, a todos os deuses presentes. Depois, pronunciava uma longa declaração de inocência formada por frases negativas:

Não pratiquei pecados contra os homens.Não maltratei os meus parentes.Não obriguei ninguém a trabalhar além do que era legítimo.Não deixei de pagar minhas dívidas.Não insultei os deuses.Não fui a causa dos maltratos de um senhor ao seu escravo.Não pratiquei enganos com o peso da minha balança.Não causei a fome de ninguém.Não fiz ninguém chorar.Não matei ninguém.Não pratiquei fraudes na medição dos campos.Não subtrai o leite da boca das crianças.

E assim por diante, alegando que tinha vivido sempre à altura dos padrões de conduta impostos pelos homens e pelos deuses.
ENQUANTO O MORTO FAZIA SUA DECLARAÇÃO, Anúbis ajoelhava-se junto a uma grande balança colocada no meio do salão e ajustava o fiel com uma das mãos, ao mesmo tempo em que segurava o prato direito com a outra. O coração do finado era colocado num dos pratos e, no outro, uma pena, símbolo de Maat, a deusa verdade. O coração humano era considerado pelos egípcios a sede da consciência.A figura acima, de um papiro do Livro dos Mortos, da XVIII dinastia, conservado no Museu de Turim, ilustra bem essa cena. Aqui podemos ver Anúbis pesando o coração de uma sacerdotisa. O órgão foi posto no prato da esquerda, enquanto que no prato da direita está uma figura que representa a verdade. No alto da balança o deus Thoth, tendo a aparência de um babuíno, anota o resultado. Também podemos ver uma mesa com oferenda de um quarto de carne.
É CLARO QUE SEMPRE HAVIA A POSSIBILIDADE, ainda que remota, do coração desmentir o seu dono e falar mal dele. Contra tal perigo foi composta a invocação que se lê no Capítulo XXX do Livro dos Mortos:

Ó meu coração, minha mãe; ó meu coração, minha mãe! Ó meu coração de minha existência sobre a terra. Nada se erga em oposição a mim no julgamento perante os senhores do tribunal; não se diga de mim nem do que eu tenho feito, "Ele praticou atos contra o justo e o verdadeiro"; nada se volte contra mim na presença do grande deus, senhor de Amentet. Homenagem a ti, ó meu coração! Homenagem a ti, ó meu coração! Homenagem a vós, ó meus rins! Homenagem a vós, ó deuses que assistis nas divinas nuvens, e sois exaltados (ou sagrados) graças aos vossos cetros! Falai [por mim] coisas justas a Rá, e fazei que eu prospere diante de Neebca. E contemplai-me, ainda que eu esteja preso à terra nas suas partes mais íntimas, consenti que eu permaneça sobre ela e não me deixeis morrer em Amentet, mas me torne uma Alma Imortal dentro dela.


ASSIM, AO SER PESADO O coração contra a verdade, verificava-se a exatidâo dos protestos de inocência do defunto. Como as negativas vinham de seus próprios lábios, ele seria julgado pelo confronto com o seu próprio coração na balança. Se este se igualasse com a verdade, tudo correria bem e o defunto seria bem-vindo no além-túmulo; caso contrário, o morto estaria cheio de pecados e, então, seria comido por um terrível monstro: Ammut, o devorador dos mortos, visto aqui em um detalhe do papiro do Livro dos Mortos do escriba Ani. Felizmente, os papiros sugerem que o morto em juízo era sempre absolvido. O tal monstro devia passar fome.
Fonte:www.fascinioegito.sh06.com
Blog angie box

Saúde e Paz

Paulo Coelho

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Mudando o Estilo do Blog

O ano iniciou no dia 1º de janeiro, mesmo com a retomada do crescimento, o que modificou um pouco o panorama do Brasil, ainda vale a máxima que apenas após o carnaval é que o ano de fato se inicia, assim para podermos colocar em pratica todos os projetos para 2010 segue um vídeo do Sistema FECOMÉRCIO-RS, apontando para cenário político, Rodrigo Giacomet -Cientista Político desta casa, comenta sobre as eleições deste ano, e traça comparativos dos últimos governos.
Passaremos neste espaço, tratar de temas relacionados a política, como neste vídeo, economia e ainda sobre questões gerais do segmento funerário.
Tendo em vista que nem só de falecimentos vivem os agentes e diretores funerários, buscaremos de forma mais ampla divulgar informações que de alguma forma afetem nossas vidas, de forma mais agradável possível, mesmo quando o assunto for delicado, como corrupção no meio fúnebre.
Destacaremos as boas iniciativas do mercado, sejam provenientes de funerárias, crematórios, cemitérios tanto públicos e privados, fornecedores, parceiros do setor, alem de notícias de relevância nacional e até mesmo internacional.
A participação dos nossos leitores é fundamental para que possamos avaliar o tipo de noticia que estamos vinculando, assim os comentários serão sempre bem vindos, inclusive ou principalmente as críticas.
Acompanhem, indiquem, participem.
Saúde e Paz
Paulo Coelho
O video tem quatro minutos, caso não consiga visualizar na integra acesse: http://videoteca.fecomercio-rs.org.br/?acao=exibe&idvideo=69&idautor=2

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A Fragiliade

Foto: google- imagens - corrupção

A fragilidade
Há duas semanas o setor funerário esta em evidencia nos meios de comunicação, da forma mais negativa possível, vinculado a escândalos de impostos e associação ao tráfico de drogas.
Da mesma forma que poucos políticos fazem com que todos se sejam chamados de corruptos; como alguns postos de combustíveis transformam toda a rede em adulteradores de combustível; ou determinados funcionários públicos que prevaricam afetam a imagem de todos os demais por sua incompetência ou negligencia no cumprimento de suas atribuições; exemplos como estes temos em todas as representatividades da sociedade, não poderia ser diferente com empresas funerárias, onde meia dúzia não muito mais que esse número, consegue transformar todos em marginais.
É comum a generalização, se um faz normalmente entendemos que todos fazem, assim é a sociedade, mas necessitamos observar melhor para não cometermos injustiças. Falo em especial dos dois casos envolvendo empresas de serviços funerários onde no primeiro caso foi encontrado blocos de notas fiscais com valores previamente preenchidos, mostrando que havia sérios indícios de irregularidades fiscais, o outro caso envolvendo atestado de óbito de traficante do Rio de Janeiro.
Para entendermos estes casos sem buscar justificar o injustificável, é necessário que seja aberta certas questões que podem no futuro corrigir estas.
Inicio questionando como pode empresas que prestam serviços essenciais e caráter público trabalhar sem controle eficaz por parte do município, ou seja, trabalham como se fosse serviço de livre concorrência, onde o poder publico municipal que deve fiscalizá-lo emite alvará como se fosse para boteco que vende cachaça na esquina sem ofender estes estabelecimentos que cumprem seu papel na sociedade, como se não estivéssemos falando em saúde publica, como se fosse possível fazer promoções para atrair clientes, do tipo compre um e leve dois, onde não é considerado o numero estático de óbitos e o empobrecimento da comunidade que cada dia opta por serviços mais simples com valores mais baixos ou ainda pela assistência social.
No passado já tivemos o “Anjo da Morte”, no mesmo Rio de Janeiro, onde o enfermeiro antecipava os óbitos para que pudesse receber os valores das empresas funerárias que o patrocinavam, ou ainda médicos que vendiam Declarações de Óbito, caso comum em todo território nacional, sem ver o paciente, quando não acontece da empresa ter o óbito já assinado aguardando o cliente. Estes fatos que são feitos por marginais, pois esta é a forma correta de denominá-los e não como empresários ou Diretores Funerários, ocorrem apenas por negligencia do setor publico que abre de forma desorganizada para que cada dia novas empresas funerárias se instalem nos municípios, sem levar em conta número de habitantes, número de óbitos na localidade, poder aquisitivo da região, existência ou não de hospitais entre outros fatores relevantes e infra-estrutura de tais empreendimentos. Talvez pensem os Prefeitos “ quantos mais empresas melhor por haver mais arrecadação”, mas lamentavelmente o que se esta produzindo é justamente o contrario, menos emprego, pois os proprietários irão trabalhar sozinhos pela divisão do mercado e número de óbitos estáticos, aumento da informalidade no setor, possíveis associação a negociatas em hospitais na busca da sobrevivência alem da sonegação fiscal, que é um dos primeiro reflexos de excesso de empresas.
Pode o Município tranquilamente convidar as empresas funerárias existentes e instaladas no município a participarem de processo de concorrência com dispensa de licitação, preservando as empresas locais e os costumes da comunidade, onde a cidade vai ter qualidade no serviço, preços justos e controlados, redução nas despesas com os carentes, eliminar a corrupção em IML´s, Hospitais entre outros locais onde ocorrem estes problemas, alem de aumentar consideravelmente a arrecadação deste segmento.
Já temos diversos Municipio trabalhando com este tipo de Legislação, onde o cidadão é respeitado e os empresários podem investir sem risco de perder tudo para aventureiros.
No caso especifico do traficante é necessário apuração dos fatos, para saber até que ponto houve cumplicidade da empresa, tendo em vista que a contratação de serviço sem velório ocorre comumente, a família ter a Declaração de Óbito e chegar à empresa com este documento é normal, mesmo sendo morte em domicilio. Cabe verificar onde foi buscado o cadáver uma vez que o local do óbito estava como sendo a delegacia de policia, caso não foi buscar neste local, cabe explicação. A condenação antecipada é fato perigoso, a final todos merecem o direito constitucional da ampla e irrestrita defesa. Por outro lado havendo a comprovação do envolvimento, deve o poder publico banir tanto a empresa quanto os diretores e gerente do segmento funerário.
Uma morte deve ser tratada como um ato jurídico acima de tudo, onde há desdobramentos que afetam a vida de muitas pessoas e do Estado, por isso entendo que todas as empresas funerárias brasileiras deveriam constar num cadastro federal semelhante ao que existe com as farmácias, devendo haver um responsável técnico pela empresa alem do termo de permissão pelo município.
Não podemos esquecer que realizamos translados intermunicipais, Interestaduais e internacionais, realizamos métodos invasivos como Tanatopraxia, registros em cartórios, casos envolvendo cremação e seguros de vida e DPVAT, todos estes procedimentos de alta complexidade e que necessitam serviços de profissionais especializados, éticos e idôneos.
Necessitamos modificar este panorama, cabe a todas as entidades contribuir para tal mudança e não ficar lamentando por ai, é necessário mudar isso em nossa casa, se em seu município ainda lhe debocham chamando de papa-defunto, de Zé do caixão entre outras formas pejorativas de rotular o agente funerário, é sinal que as atitudes estão erradas, é necessário mostrar respeito e exigir, para isso temos que ter atitudes diferentes das atuais, investir de forma séria e com objetivo de mostrar o valor do segmento funerário; não é possível que líderes em sua cidade ainda sejam taxados de lixo da sociedade, esta mudança cabe a cada agente ou diretor Funerário, através da capacidade de mostrar a importância deste serviço.
Devemos ser exemplos na sociedade, fazer parte, decidir o nosso futuro e dos demais, se envolver no que é relevante para o Município, ai iniciaremos a modificação da imagem publica e poderemos exigir do poder público respeito e reconhecimento, inclusive banindo estes que atualmente apenas denigrem uma classe tão importante e sem o merecido reconhecimento.
Saúde e Paz
Paulo Coelho