quinta-feira, 21 de julho de 2011

Cursos no RS Presencial e EAD

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Cassino ou Funerária

Polícia encontra máquinas caça-níqueis em funerária no RS

Segunda, 04/07/2011 G1.com /Máquinas caça-níqueis estavam escondidas por caixões em funerária no RS (Foto: Brigada Militar/Divulgação)

Caixões cobriam passagem que dava acesso à sala de jogos, diz coronel. Neta denunciou local à Brigada Militar após avó gastar dinheiro jogando .

Uma ação da Brigada Militar localizou quatro máquinas caça-níqueis dentro de uma funerária em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre. Segundo o tenente-coronel Alceu Freitas, caixões eram usados para cobrir uma passagem secreta que dava acesso a uma sala onde ficavam as máquinas.
“Começamos a investigar o local há 20 dias, após denúncias. Inclusive a neta de uma mulher que frequentava o local nos procurou afirmando que a avó gastava todo o dinheiro jogando ali”, diz o coronel.
“Percebemos uma movimentação estranha, as pessoas entravam e saíam da funerária com uma grande freqüência, sem comprar nenhum caixão. Elas estavam lá para jogar”, afirma o oficial.
Na operação, realizada no final da tarde de sábado (2), os policiais militares entraram na funerária e apreenderam quatro máquinas de jogos eletrônicos. Uma mulher foi detida.
A Brigada Militar pedirá à prefeitura de Viamão que verifique o alvará de funcionamento para saber se a empresa realmente vendia caixões ou a funerária servia de fachada para o jogo ilegal.

Mas porque isso acontece?!
Alguns fatores que sem a devida observância levam a tais questões.
Primeira, permissão discriminada de abertura de empresa de prestação de serviço fúnebre, sem que haja controle por parte do poder público para ver se há demanda para tal empresa. Isso gera ociosidade e faz com que as pessoas já não tão bem intencionadas passem a utilizar o tempo livre para maquinar esquemas para faturar algo para pagar suas contas. A atividade principal deixa de ser a prioridade, servindo apenas como fachada para outras atividades, nem sempre lícitas.
Outra questão é falta de planejamento por pare do empresário ou aventureiro que sem qualquer conhecimento de aspectos administrativos abrem empresas desestruturadas, sem capital iludidos que fazendo dois ou três serviços ao mês ganhariam mais que trabalhando como empregado, desprezando questões de encargos, aluguel, material entre outros inerentes a empresa.
Mais uma vez o segmento funerário sofre abalo em sua imagem sendo ligado a atos ilícitos praticado por pessoas que certamente entraram pela porta dos fundos neste ramo.
A ganância é outro fator que contribui na entrada ao mundo do crime e da contravenção, aliada a ansiedade de ver as contas batendo as portas sem ter como pagá-las, evidente que nada disso justifica, mas são questões a serem analisadas dentro do contexto.
A permissividade do poder público é sem dúvida a questão mais relevante neste tipo de questão, onde o desespero aliado a tendências criminosas por ganância ou falta de caráter aliados levam a pratica de tais atos.
A punição exemplar destes envolvidos, banido-os do segmento funerário seria uma atitude adequada, se para tanto houvesse lei que assim o permitisse.
Como neste município, a abertura de empresas é livre, caso esta seja fechada poderá outra ser aberta facilmente, livre comercio é isso, abre-se funerária como se abre açougue ou mercearia. E isso continuará acontecer até que o poder publico municipal tome para si a responsabilidade de organizar este serviço essencial, de caráter público.
Saúde e Paz
Paulo Coelho