domingo, 27 de janeiro de 2013

Tragédia em Santa Maria, traz a tona uma discução

O Brasil esta preparado para enfrentar casos como este ocorrido em Santa Maria?
foto:folhadoserao.com.br  
A resposta é não, nenhuma cidade consegue absorver um elevado número de ocorrências como esta, seja para atender feridos, seja para falecimentos.
Na maior cidade da américa do sul, São Paulo, onde ocorrem mais de 300 óbitos dia, se ocorrem um acidente de proporções da magnitude deste do centro do estado do Rio Grande do Sul, ou como aquele do voo da TAM, também sofreia para atender esta demanda. Considerando ainda que a proporção do tamanho da cidade é ligado ao número de pessoas que estarão nas casa noturnas, que é o que se trata no momento, quanto maior a cidade maior o risco.
Significa que se numa casa noturna em Santa Maria, por exemplo, a capacidade é para 1000 pessoas, em Porto Alegre poderá ser de 2000, e em São Paulo, poderá ser para 5000, o que dificulta muito mais, quanto maior o tamanho da cidade, considerando que os jovens tendem a estar nos “lugares da moda”.
Mas isso também serve para casos de desastres aéreos, marítimos e terrestres, que podem vitimar muitas pessoas numa única vez.
O melhor é combater tais possibilidades através de normas de seguranças e protocolos, mas quando ocorre o pior o que fazer?
Hoje, no Brasil não temos nenhum programa para amparar estas situações de crise de forma completa e multidisciplinar, o que deveria ser criado com urgencia, um programa com a defesa civil nacional e regional, serviços de psicólogos especializados em perda e luto, com IML/DML e Tanatopraxistas – profissionais que cuidam da preparação e conservação de cadáveres -, todos formando uma força tarefa, que sejam convocados e mobilizados, sendo levados para o local que os necessitem. Esta força tarefa poderia ser semelhante a equipe de desastre em terremoto que existe no México. A voluntariedade pode ser uma forma de viabilizar esta construção.
Acredito que mesmo o Exército Brasileiro, Marinha e Aeronáutica, em missões no Brasil e no exterior deveriam ter Tanatopraxistas em seus quadros, para que em caso de necessidade, possa repatriar seus militares.
Cabe ao Governo Federal pensar nestas questões que pode ocorrer a todo momento, por mais que haja trabalho de prevenção, para que no momento de necessidade a população tenha suporte, no mínimo para receber seus corpos para velar e se despedir de forma ágil e sem riscos a salubridade publica, sei que esta declaração pode perecer simplista, mas tenham certeza que dentro desta situação de perda, uma das formas de amenizar a dor é através da despedida digna de seus familiar, mesmo sabendo que a dor permanecera, mas que o luto inicia a ser elaborado, com este momento, encerrando este ciclo inicial.
Saúde e Paz
 
Paulo Coelho

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