Fonte: Do G1 Vales
de Minas Gerais - 09/03/2013 12h33- Atualizado em 09/03/2013 12h33
Corpo do jornalista estava sendo preparado no momento da abordagem. Funerária em Santana do Paraíso, nega a informação.
Corpo do jornalista estava sendo preparado no momento da abordagem. Funerária em Santana do Paraíso, nega a informação.
Funcionário de uma funerária em Santana do Paraíso (MG) foi notificado nesta
sexta-feira (8), por preparar corpos de maneira irregular, segundo a assessoria
de comunicação da Prefeitura. A Vigilância Sanitária chegou até uma residência,
através de denúncias anônimas, onde o funcionário usava espaços da própria
casa, como pia e mesa, para preparar os corpos.
Ao chegar no local, a equipe do Código de Postura
do município, juntamente com a Vigilância Sanitária, constataram a prática
ilegal do procedimento. Durante a abordagem, o corpo do jornalista Rodrigo
Neto, morto na madrugada desta sexta em Ipatinga (MG), estava sendo preparado. O
funcionário foi notificado, mas o valor ainda não foi divulgado.
Segundo a Polícia Militar, ninguém foi preso. A
notificação será passada para o setor jurídico da Prefeitura para calcular o
valor da multa.
Procurada pelo G1, o responsável pela
Funerária Paraíso disse que nenhum funcionário foi notificado e que a
informação não procede.
A
preparação de corpos serve para garantir a segurança sanitária dos presentes em
velórios, do meio ambiente, dos trabalhadores do serviço funerário.
A pratica
deste serviço deve ser feito em local especialmente construído par tal fim, com
piso e paredes especiais, revestidos de material impermeabilizante, com
ventilação adequada, com instalações hidro sanitárias conforme normas as saúde,
com produtos químicos devidamente registrados e aprovados para esta função e
principalmente por profissional capacitado, tudo isso precedido de autorização
da família para manipular o corpo, ainda mais quando se trata de método invasivo.
O local onde
é descartado material infectado, seja solido ou liquido, deve ter tratamento
especial, conforme norma da ANVISA, o que inviabiliza que este trabalho seja
realizado em domicilio, devendo preferencialmente que a empresa funerária tenha
sala de preparação de corpos para evitar contaminação de pessoas e ambientes.
Uma norma
nacional que trate do assunto seria a solução para estes casos que hoje são
omissos pelo poder concedente do serviço funerário.
Que esta
atuação sirva de exemplo a todos
Paulo Coelho